16/03/2023 18:45
O Dia do Pai tem várias dimensões e em muitas empresas é partilhado por pais e filhos que são colegas de trabalho. É o caso da Transmaia.
António Rodrigues tem 56 anos e é motorista profissional de camião há 32 anos. Na empresa tem a companhia de dois filhos na mesma profissão: João Rodrigues, de 26 anos, e Fábio Rodrigues, de 32 anos. Embora mais novo, João está há mais tempo na Transmaia do que o irmão, um ano e três meses contra um ano.
O pai revela ter uma grande paixão pela profissão de motorista, um gosto que passou aos filhos. “Creio que se adaptaram bem à profissão, não deixaram mal o pai. A nossa profissão é como todas as outras: tem coisas boas e coisas menos boas. Mas, no final de contas, é uma profissão que eu amo e passei essa paixão para os meus filhos”, revela António Rodrigues.
Orgulho no bom trabalho
Este experiente profissional não esconde o orgulho dos filhos estarem a cumprir bem a função. “Os colegas aqui da Transmaia comentam o facto dos meus filhos trabalharem connosco e já me perguntaram porque é que os meus filhos vieram para a minha profissão. Eu respondo que seguiram os passos do pai e que fico orgulhoso por isso e ainda mais contente fico por ver que eles desempenham bem o trabalho”.
João Rodrigues fala em nome dos dois irmãos (Fábio estava em operação fora da empresa no dia da conversa e sessão fotográfica) quando afirma que a experiência profissional “tem corrido bastante bem”. Sobre o contacto com o pai no dia a dia, explica que “existe uma separação que até o próprio trabalho impõe”, pelo que “é raro” se cruzarem na Transmaia. “Mas este ano e três meses de adaptação à profissão tem sido positivo”, destaca.
“Os colegas – que já conheciam o meu pai – sempre se disponibilizaram para ajudar-me. Também esse impacto tem sido positivo”, conclui João Rodrigues.
Faltam novos profissionais
Este jovem motorista e o irmão são exemplo de uma profissão que não atrai muitas pessoas. A União Internacional dos Transportes Rodoviários (IRU) indica que, em 2022, ficaram por preencher cerca de 600 mil vagas de motorista de camião na Europa e a estimativa é que, de acordo com as tendências atuais, essa escassez atinja quase dois milhões até 2026.
A IRU explica que o aumento previsto se deve ao envelhecimento da população de motoristas, juntamente com uma baixa taxa de jovens a optar pela profissão. Em toda a União Europeia, apenas 6% dos motoristas profissionais têm menos de 25 anos (e as mulheres são menos de 3%).