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Setor automóvel mostra capacidade de adaptação em realidade de forte mudança

23/04/2021 17:40

A Sociedade Comercial C. Santos promoveu, ontem (dia 22), uma conversa digital sobre o passado, o presente e o futuro do automóvel. Com transmissão em direto nas redes sociais do concessionário Mercedes-Benz e smart, a mais recente edição das “SocTalks” reuniu vários especialistas de múltiplas áreas do setor automóvel tendo como pano de fundo os 75 anos da empresa, que se assinalam em 2021.

Dedicada ao tema “75 anos Soc. Com. C. Santos, presente e futuro do automóvel”, a conversa contou com a participação de Hélder Pedro, secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), de Rodrigo Silva, presidente da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), de Manuel Neves, presidente do Mercedes-Benz Club Portugal, de César Machado, piloto de automóveis e e-sports e de Pinho da Costa, administrador-delegado da Sociedade Comercial C. Santos, com moderação do jornalista Pedro Ivo Carvalho, diretor-adjunto do Jornal de Notícias.

Adaptação ao mercado

O pano de fundo foram as várias mudanças do setor automóvel, tendo como base a confiança dos consumidores, como sublinhou Pinho da Costa. “Tem havido muitas mudanças no setor automóvel. Há uma conjugação de muitos fatores. Um é a confiança. Temos de estar muito confiantes no setor e no que estamos a fazer, porque, como em tudo na vida, quando não estamos confiantes, as coisas perdem-se. E a Sociedade Comercial C. Santos está dessa forma. Esta conversa digital insere-se nos 75 anos da empresa e estamos, apesar dessa idade, muito jovens. Estamos a investir fortemente na atividade, nos últimos 10 anos duplicámos as nossas vendas em termos de unidades e em termos de valor, quase que triplicámos a áreas das nossas instalações – aliás, estamos a investir num novo stand, com 3000 m2”.

Seja o negócio automóvel, seja qualquer outro negócio, a adaptação e a reinvenção são de extrema importância, de acordo com o administrador-delegado da Sociedade Comercial C. Santos. “No nosso caso, estamos com fortes investimentos na presença física, para o cliente poder vir às nossas instalações, e também na presença virtual, para podermos chegar a um maior número de pessoas. Além da venda, também fazemos um esforço numa área essencial, que é o após-venda. Queremos ter uma presença forte em termos de qualidade do serviço, mas também numa presença alargada, com disponibilização 24 horas”, salienta Pinho da Costa, para quem há uma conjugação de vários fatores importantes. Daí que o negócio tem cada vez maior complexidade, mas “também é mais interessante” por essa razão.

Digitalização não é tudo

O secretário-geral da ACAP, Hélder Pedro, salientou que o setor automóvel é um barómetro da economia e que foi dos mais afetados quando a pandemia começou, apenas superado pelo turismo e pela restauração. “As empresas do setor automóvel mostraram neste período uma grande resiliência, o Governo, ao contrário do que fizeram outros países, não implementou qualquer plano de estímulo à procura e que a ACAP negociou em 2009, na crise anterior”.

Hélder Pedro indica que se nota “uma crescente digitalização dos processos”, desde a própria transação comercial, até à presença nas redes sociais, mas que a vertente presencial não pode ser descurada. “Hoje, o cliente tem, cada vez mais, um primeiro contacto através da Internet sem prejuízo da necessidade da forma presencial e do test-drive que continua a ser essencial”.

Sobre a importância do automóvel, o dirigente da ACAP salienta que “a mobilidade é essencial nas sociedades. Está provado que para as economias funcionarem, sejam ligeiros de passageiros ou comerciais ligeiros ou pesados, são fundamentais na mobilidade das sociedades. Por outro lado, a União Europeia tem fortes objetivos em termos ambientais e a indústria automóvel é um parceiro nessa descarbonização. A indústria automóvel é centenária, mas regenerou-se, é a indústria que mais investe em investigação e desenvolvimento na União Europeia”. Esta indústria será, segundo Hélder Pedro, um parceiro na descarbonização e tem as soluções, “mas não pode fazer tudo sozinha”.

Um setor, vários futuros

Para o presidente da ARAN, Rodrigo Silva, não vai haver um, mas vários futuros do setor automóvel, sempre com dois “fatores incontornáveis”, a digitalização e a descarbonização.

No que concerne à eletrificação, aquele responsável pede equilíbrio. “Estamos a partir de um parque em que um em cada seis carros em Portugal tem mais de 20 anos e idade média dos ligeiros de passageiros está acima dos 20 anos”, defende Rodrigo Silva, antes de sublinhar ser “muito melhor trocar hoje um automóvel destes com mais de 20 anos por um novo a gasolina ou gasóleo” do que passar logo de um parque envelhecido para um parque 100% elétrico. “A rede de carregamento ainda é insuficiente em toda a Europa e há uma ambição que não parte da realidade que temos de um país de poucos recursos e em que se continua a penalizar fiscalmente um dos maiores setores nacionais, que representa 25% da receita fiscal em Portugal”.

Paixão de família

Após uma divertida pergunta do humorista Nilton sobre o futuro do automóvel, Pedro Ivo Carvalho colocou uma questão ao presidente do Mercedes-Benz Club Portugal. Manuel Neves começou por recordar que a Mercedes-Benz é das marcas mais antigas do mundo, “com uma história que começou no século XIX”. Sobre o futuro do automóvel, pede menos ansiedade. “Estamos com a ansiedade do que vai acontecer ao automóvel elétrico. Como o que o ser humano fez no motor diesel nos últimos 50 anos, é de esperar que haja uma grande evolução nos próximos 10 ou 20 anos. Porém, no mundo de hoje queremos tudo para amanhã e isso pode criar-nos ansiedade”.

De acordo com Manuel Neves, hoje há mais racional no automóvel. “A paixão vem muito daquilo que foram as paixões e os automóveis dos nossos pais ou avós. O meu avô teve um Mercedes W123 e eu sempre quis ter um… e um vizinho meu tinha um W115 e eu também gosto muito…Hoje, não vejo isso tanto nas novas gerações”.

E-sports como nova via

Uma das “estradas” possíveis para a paixão das novas gerações pelos automóveis chega do mundo virtual e por isso é que há cada vez mais atividade dos construtores nos e-sports e nos campeonatos virtuais de automobilismo, segundo César Machado. “São contrários àquilo que aconteceu comigo, que ainda sou novo [28 anos], mas que tive um percurso diferente. Os meus pais puseram-me nos karts e, depois, sim, tentei fazer carreira. Hoje há muitas plataformas que potenciam o percurso do virtual para o real. O objetivo é tornar-me muito bom no simulador e passar para o real. Houve muitos portugueses a participarem nesses campeonatos e há uma empresa aqui no Porto, a G’s Competizione, que faz muito bem esse trabalho de preparação dos pilotos para passarem do virtual para o real”.

Este processo pode ser uma porta de entrada para os millenials terem uma relação mais afetiva com as marcas de automóveis. “Conheço alguns jovens em que a paixão pelos automóveis e pelo desporto motorizado começou, precisamente, através dos jogos”.

César Machado recupera, a esse propósito, o envolvimento das marcas no mundo dos e-sports para sublinhar que “o futuro dessas próprias marcas vai depender dessa geração e lembrar-se que preferem um carro de determinado construtor e não outro, porque correram com esse carro no mundo virtual”.

A nossa fonte sublinha, porém, que há diferenças entre os dois mundos. “Ser bom piloto de automóveis não significa que se seja um bom piloto de e-sports. Isto porque há muita coisa que ainda falta no e-sports. No meu caso, acho que sou melhor no real do que no virtual, se bem que ‘dou uma perninha’ no virtual”.

Uma coisa é certa, a aceleração deste mercado é uma realidade. “O mercado de e-sports tem crescido cerca de 10% ao ano e em 2020, com a pandemia, cresceu 15% face a 2019”, informa César Machado.

Os e-sports mais não são do que replicar os vários desportos no mundo virtual. Não dos chamados jogos arcade, mas de simulação, isto é, aproximar o máximo possível da realidade. “A grande diferença é que a pessoa que faz o jogo não consegue ter a emoção e o próprio medo que estar sentado ao volante de um carro permite”, avisa o piloto das duas disciplinas da modalidade.

Veja ou reveja a edição das “SocTalks” “75 anos Soc. Com. C. Santos - Presente e Futuro do automóvel” na seguinte ligação: https://youtu.be/EMD2LFmXkx4

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